Seguro viagem é obrigatório para brasileiros que visitam a Argentina

A partir de 1º de julho de 2025, passou a valer na Argentina a exigência de seguro viagem com cobertura médica internacional para todos os turistas estrangeiros — incluindo brasileiros.

A medida faz parte do Decreto 366/2025, anunciado em maio pelo presidente Javier Milei, como parte de uma reforma migratória para conter gastos do sistema de saúde pública com turistas

Por que a mudança?

O objetivo principal é preservar o sistema público de saúde argentino, evitando que o Estado arcar com custos de atendimento a estrangeiros sem cobertura própria.

Em 2024, os gastos com atendimento a não residentes superaram 114 bilhões de pesos.

Quem precisa cumprir a regra?

Todos os turistas estrangeiros, independentemente da nacionalidade ou forma de entrada (avião, carro, ônibus, excursões pelo Mercosul ou mesmo motorhome) devem comprovar seguro de saúde válido durante a imigração. Está isento apenas quem é cidadão argentino ou residente permanente do país O que o seguro deve cobrir? Para ser aceito pelos agentes migratórios, o plano de seguro deve incluir:

• Assistência médica e hospitalar, incluindo cobertura para Covid-19

• Repatriação sanitária e funerária

• Cobertura por acidentes pessoais e emergências odontológicas

• Suporte 24 horas por dia, preferencialmente em português

• Apólice disponível em espanhol ou inglês e com validade durante toda a estada

O valor mínimo recomendado para a cobertura médica é de US$ 30.000, conforme boas práticas internacionais.

Documentos exigidos na imigração argentina:

Além do comprovante de seguro viagem, os viajantes devem apresentar:

1. Documento de identidade válido (RG emitido há menos de 10 anos ou passaporte)

2. Passagem de retorno ou saída da Argentina (aérea, rodoviária ou outro comprovante)

3. Comprovantes de recursos financeiros (dinheiro, cartão internacional, extratos bancários)

4. Comprovante de hospedagem (reserva paga, Airbnb, carta‑convite)

5. Verificação de antecedentes criminais, quando aplicável — condenações graves podem impedir a entrada 

Quais os riscos de não contratar?

O viajante pode ser barrado na entrada e ter que contratar um seguro na hora, o que geralmente é mais caro e burocrático.

Em caso de emergência sem cobertura, o indivíduo arca com todos os custos médicos, que podem ultrapassar os R$ 30.000 ou mais 

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